terça-feira, 24 de novembro de 2015

CAPOEIRAS, CAPOEIRAS!



Capoeiras, capoeiras! Gente que com a testa faz n'um instante mais espalhafato que meia dúzia de Godans ébrios a jogarem o soco; gente que com a faquinha n`uma mão e o copo na outra afronta o mais intrépido valentão, mete às vezes uma patrulha no chinelo, fazendo-a amolar as gâmbias com a maior frescura do mundo; gente garrula, provocadora, que só guarda as esquinas ou as praças do mercado, rebuçada às vezes em uma velha capa, trazendo o seu cacetinho por disfarce. Eis os capoeiras!

O Correio de Tarde, Rio de Janeiro, 3/11/1849

A Capoeira Escrava – Carlos Eugênio Líbano Soares – Editora da Unicamp

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