Capoeiras,
capoeiras! Gente que com a testa faz n'um instante mais espalhafato
que meia dúzia de Godans ébrios a jogarem o soco; gente que com a
faquinha n`uma mão e o copo na outra afronta o mais intrépido
valentão, mete às vezes uma patrulha no chinelo, fazendo-a amolar
as gâmbias com a maior frescura do mundo; gente garrula,
provocadora, que só guarda as esquinas ou as praças do mercado,
rebuçada às vezes em uma velha capa, trazendo o seu cacetinho por
disfarce. Eis os capoeiras!
O
Correio de Tarde, Rio de Janeiro, 3/11/1849
A
Capoeira Escrava – Carlos Eugênio Líbano Soares – Editora da
Unicamp
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