domingo, 25 de junho de 2017

MESTRE MARLON 1961 - 2016


Nascido em Bonsucesso, Rio de Janeiro – RJ, no dia 25/08/1961, iniciou sua trajetória na capoeira aos 10 anos de idade. Foi discípulo do Mestre Korvo (também falecido).
Marlon Pimentel veio para Curitiba em 1992, onde permaneceu até seu falecimento.
Esteve em vários países (Portugal, Espanha, Holanda, Finlândia, França) divulgando a capoeira.
Foi o primeiro mestre deficiente físico da história da capoeira e o primeiro a ministrar aulas especializadas para deficientes em geral.

Homenageamos Mestre Marlon, quando completa um ano do seu falecimento (25 de junho de 2016).  

quinta-feira, 22 de junho de 2017

FALECIMENTO DO MESTRE BOINHA


Faleceu ontem (21/06/2017) mais um grande discípulo do mestre Bimba. Boaventura Batista Sampaio(Mestre Boínha), entrou para a turma do Mestre Bimba no início do anos 60, permaneceu com o mestre até o dia em que mesmo foi embora da Bahia, fazia parte do grupo filhos de Bimba e residia em Salvador e era das mais respeitadas referências da capoeira regional baiana, por tempo, idade, conhecimento e postura. Quem assistiu o documentário Mestre Bimba e a capoeira iluminada teve a oportunidade de vê-lo falar sobre o mestre Bimba. Infelizmente é mais um baluarte da capoeira e da cultura que entristeceram as rodas da terra com a sua partida para alegrar as rodas do céu com a sua chegada.

Descanse em paz Mestre


Texto:Antonio Luiz Campos (Boa Alma)

quarta-feira, 21 de junho de 2017

MESTRE EZEQUIEL 1941 - 1997 (TEXTO: BOA ALMA)


Foi lá, na velha Bahia de outrora, na cidade de São Gonçalo dos Campos, no Recôncavo Baiano, que, no dia 18 de abril de 1941 nasceu Ezequiel Martins Marinho, o velho Zica como era chamado pelos amigos, ou Jiqué, apelido pelo qual o Mestre Bimba carinhosamente o chamava.
OS PRIMEIROS PASSOS NA CAPOEIRA
Ezequiel aprendeu a capoeira de "oitiva", ou seja observando o dia a dia das rodas,(método de aprendizagem muito comum aquele tempo), chegava na roda assistia e reproduzia os movimentos que via na mesma, ou, em outras rodas posteriores.
A CHEGADA NA REGIONAL
O mestre, Ezequiel antes de se entregar de corpo e alma á capoeira foi policial militar na cidade de Salvador, e foi dentro dessa profissão que, em meados dos anos 60 conheceu o mestre Sací, um dos grandes discípulos do Mestre Bimba, esse por sua vez, ministrava aulas de Capoeira Regional na Academia dos Oficiais da PM, com séde no Quartel dos Dendezeiros, em Itapagipe. Ezequiel que já era rodado na capoeira tradicional, após conhecer e praticar a capoeira regional pelas mãos do Mestre Sací, foi levado e apresentado pelo mesmo ao Mestre Bimba, ainda na mesma década.
A CONVIVÊNCIA COM O MESTRE BIMBA
Ao conhecer o Mestre Bimba, o sonho do Mestre Ezequel, de ser apenas um capoeirista de fama e respeitado nas rodas, logo virou uma paixão incondicional por essa arte genuinamente brasileira, e não demorou para que se formasse lenço azul(aluno formado na capoeira regional), o mesmo se formará junto a Luciano Figueiredo(M.Galo). O mesmo era tido como um dos mais fiéis discípulos do M. Bimba, um grande defensor da Capoeira Regional baiana.
CANTAVA COM EMOÇÃO
O tempo foi passando e o mestre Ezequiel tornou se, um dos mais afamados cantadores, tocadores e compositores da História da capoeira, chegou a gravar um disco que hoje em dia é tudo como relíquia. Como diziam aqueles que o conheceram e conviveram "cantava com emoção"
AS CONQUISTAS
Foi bi campeão brasileiro de capoeira nos anos de 1976 e 1977, participou dos Grupos Folclóricos Olodum e Olodumaré, onde representou a Bahia e o Brasil em dois importantes eventos: Festival Internacional de Folclore, em Salta, e em Quito no Equador, nas duas ocasiões os conjuntos Folclóricos, ocuparam as primeiras colocações lhes rendendo o prêmio máximo da medalha de ouro, e a honrosa premiação “Huminaua de Oro”.
APÓS A PARTIDA DO MESTRE BIMBA
Por volta de 1972 quando o Mestre Bimba planejava sair da Bahia, já no ano seguinte, o mestre Vermelho 27 lhe comprará a velha e famosa academia, e foi o Mestre Ezequiel o escolhido para lhe ajudar nessa empreitada de tocar os trabalhos por ali. Depois de algum o Mestre Ezequiel fundará o seu próprio grupo. O Grupo Luanda, com séde no Bairro do Resgate na região do Cabula, próximo onde o mesmo morava.
A MORTE
Mas como dizem por aí no ditado popular que nessa vida ninguém vive pra semente, com o mesmo não foi diferente. Em 1997 o mestre partiu, ainda na juventude dos 56 anos de idade, deixando um vazio nas rodas da terra para a alegria das rodas do céu.
Créditos, bibliografias consultadas;
(algumas citações sobre o mesmo nas seguintes obras);
FILHO, Angelo A. Decânio. A herança de mestre Bimba.
Salvador: Edição do Autor, 1996.
ALMEIDA, Raimundo César Alves. A saga do mestre
Bimba. Salvador: Edição do Autor, 1994. p.17,63,73.
Bimba perfil do mestre. Salvador: Edição do Autor, 1982, p.45
ABREU. Fred. Negaça. Boletim Informativo da Ginga
Associação de Capoeira. Salvador, Ano III, n. 3,
p.55, 1995.
MUNIZ, Sodré, O Brasil simulado e o real. Rio de
Janeiro: Rio Fundo Editora, 1991, p.17-18.
MOURA, Jair. Jornal O Município. Salvador, Ano II, n.l, p.4-5,
1968. ___. Cadernos de Cultura, Salvador, Prefeitura
Municipal do Salvador, n. 01, 1979.
Outras fontes;
.Documentários áudio/visuais disponível com depoimentos do mesmo no YouTube/

Texto;
Antônio Luiz dos Santos Campos (boa alma)


terça-feira, 20 de junho de 2017

ENCONTRO NACIONAL DE BAMBAS, RIO DE JANEIRO - RJ



PLANO SETORIAL DE CAPOEIRA, CURITIBA - PR


foto:CAPOEIRANEWS
PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DE CURITIBA - PMCC
PLANO SETORIAL DE CAPOEIRA
DIAGNÓSTICO

A capoeira é uma manifestação cultural caracterizada por sua multidimensionalidade - é ao mesmo tempo dança, luta e jogo, portanto enquadra-se num vasto campo da área da cultura. Dessa forma, mantém ligações com práticas de sociedades tradicionais, nas quais não há a separação das habilidades (multidimensionalidade) nas suas celebrações.
No seu processo histórico foi reprimida, proibida, liberada, reconhecida e por fim Registrada como Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil. Dentro deste bojo cultural vale ressaltar sua grande diversidade, descendentes das matrizes, Angola e Regional, fortemente relacionadas a figura dos Mestres Pastinha e Bimba, respectivamente.
Na atualidade, a diversidade é expandida devido aos modos de fazer de cada Mestre de capoeira. A multidimensionalidade e diversidade fazem desta arte um importante instrumento de cultura, educação, inserção social e valorização da cultura afro-brasileira. Hoje, a Capoeira é praticada em mais de 160 países, nos 5 continentes sendo a maior difusora da língua portuguesa. A falta de dados, mapeamentos e diagnósticos sobre a capoeira em Curitiba são sintomas da falta de valorização da mesma como setorial da cultura e importante elemento representativo da cultura popular afro-brasileira na cidade, tornando-se essencial levantamentos e pesquisas sobre capoeira em Curitiba para um diagnóstico mais amplo e específico. Fazendo-se necessária a criação de políticas públicas para ampla difusão e reconhecimento deste bem:
Frente a este contexto, e pensando a capoeira como uma matriz aberta em que a tradição se conjuga à tão propalada liberdade que ela representa, não é possível separar o contexto contemporâneo da capoeira da
trajetória daqueles que, no passado, contribuíram para sua configuração e consolidação no cenário nacional e internacional.”
PORTO, et. al, 2010, p. 95

terça-feira, 13 de junho de 2017

MORRE MESTRE PATINHO AOS 64 ANOS


O capoeirista estava internado com sérias complicações na região da coluna cervical. Mestre Patinho, além da capoeira, praticou ginástica olímpica e judô

Por: Samartony Martins Data: 12 de Junho de 2017 
Foto: Reprodução
A cultura popular do Maranhão amanheceu de luto. Faleceu ontem (11) Antônio José da Conceição Ramos, conhecido carinhosamente como Mestre Patinho, uma referência em capoeira no estado. Segundo um comunicado na página na rede social do Centro Cultural Mestre, o capoeirista, que tinha 64 anos, encontrava-se internado em uma unidade hospitalar da rede estadual com comprometimento seriíssimo da sua coluna, na região lombar, e estava aguardando ser transferido para o Hospital Carlos Maceira ou Hospital Universitário Presidente Dutra para que iniciasse tratamento.
Considerado uma referência na arte da capoeira dentro e fora do Maranhão, Mestre Patinho teve como sua grande referência Anselmo Barnabé Rodrigues, o Mestre Sapo. Patinho, além da capoeira, praticou ginástica olímpica e judô. Seus ensinamentos foram passados para vários discípulos e encontra-se eternizado no DVD O novo no velho sem molestar raízes, lançado em 2013 pela Associação Cultural NZambi Capoeira Angola, em parceria com o Centro Cultural Mestre Patinho, onde ele ensinava vivenciar os fundamentos da peculiar metodologia do mundo da capoeiragem que deu seguimento à linhagem dos mestres Sapo, Canjiquinha e Aberrê, com quem ele conviveu.
Aos 9 anos, franzino, procurava uma atividade que lhe desse força nos braços e pernas. Ao observar um vizinho fazendo exercícios de capoeira, apaixona-se pela atividade e passa a observar seus movimentos e a imitá-los, aprendendo sozinho os vários golpes e movimentos. Depois de algum tempo, passa a ter aulas com ele. Mais tarde, teve outro mestre – um escafandrista chamado Roberval Serejo, com quem treinou por dois anos. Foi quando assistiu à demonstração dos baianos, no Palácio dos Leões, no ano seguinte, quando Sapo se estabeleceu no Maranhão, Patinho estava entre seus primeiros alunos.

Dizia ele para seus alunos: “Capoeira é um jogo corporal, é um diálogo – a rasteira é um choque, é preciso um corpo rítmico para ser bem dada”. Ou ainda: “Hoje, a Capoeira é uma mesmice, se transformou em uma ginástica coreografada – vi um aulão, com mais de 500 alunos, todos repetindo o movimento… lembra aquelas aulas de calistenia, aquelas apresentações de ginástica, de antigamente? As aulas de educação física do Exército? Isso não é capoeira …”, dizia ele criticando a prática da arte sem o fundamento.
Sobre a capoeira, Patinho ressaltava que no jogo estratégico não podia baixar a guarda; e sempre devia respeitar o oponente, mesmo que o adversário não saiba jogar, pois o bom capoeirista, segundo ele, joga mesmo com quem não sabe, e o faz jogar, gingar. “Não consigo sobreviver da capoeira, sou um artista de rua, sou um mestre. Hoje me aceito como mestre, pois estudo os ritmos maranhenses – o boi, o teatro, a ginástica, a educação física, a lateralidade, a psicomotricidade, a música; para ser mestre da capoeira, tem que ser um doutor … e acrescentava: “ O verdadeiro mestre aprende com seus discípulos, com seus alunos, a cada aula…”. O velório de Mestre Patinho está acontecendo na Pax União, localizada próxima à Praça Santo Antônio, no Centro.

https://oimparcial.com.br/noticias/2017/06/morre-mestre-patinho-aos-64-anos

segunda-feira, 12 de junho de 2017

ARAUCÁRIA INVESTINDO NA CAPOEIRA

























Araucária - PR faz forte investimento na capoeira como edificador da juventude. Marcelo Isaias Sampaio ( C.Mestre Canarinho)  está desenvolvendo eficiente trabalho nesse município.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

SALVAGUARDA DA RODA DE CAPOEIRA E DO OFÍCIO DOS MESTRES DE CAPOEIRA


                              

PATRIMÔNIO IMATERIAL - TÍTULOS DIVERSOS

Patrimônio Cultural Imaterial: Para Saber Mais - Cartilha 3 - Salvaguarda da Roda de Capoeira e do Ofício dos Mestres de Capoeira
Autor: Iphan
Edição: 2017
Páginas: 40
O objetivo desta publicação é divulgar diretrizes para a salvaguarda da Roda de Capoeira e do Ofício dos Mestres de Capoeira, bens culturais reconhecidos como Patrimônio
Cultural do Brasil desde 2008.
As ações de salvaguarda são instrumentos integrantes do macroprocesso Apoio e Fomento, que em conjunto com os macroprocessos Identificação e Reconhecimento, conformam o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI).
A mais recente publicação do IPHAN sobre a capoeira. O que pode e o que não pode o IPHAN fazer pela capoeira e solicitações dos capoeiristas. Entrem no site do IPHAN para downloads: 
www.iphan.gov.br
Acervos e Publicacões – Publicacões do Patrimônio – Publicacões para downloads – Palavra chave: cartilha 3
Contribuição de Orli Santos Rosa (Mestre Ciência) do Grupo de Capoeira Iê Paraná de Cascavel - Paraná

VIVÊNCIA COM XANDÃO, JOINVILLE - SC



quinta-feira, 1 de junho de 2017

VOLTANDO AS ORIGENS


Contava minha avó que os meninos faziam berimbau com cipó no lugar da corda, hoje usamos arame de aço. Fica a pergunta: Qual era o cipó que se usava como corda do berimbau?
Quem hoje tentou reproduzir um berimbau como dos escravos no início do século XIX?

Como seria o som do berimbau naquele tempo?
www.capoeiranews.com.br