sábado, 22 de dezembro de 2018

CAPOEIRA - PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS, ORG. LUIZ RENATO VIEIRA



                                Livro: Capoeira - Perspectivas Contemporâneas
                                Organização: Luiz Renato Vieira
                                Páginas: 314
                                Editora: Trampolim

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

CRONOLOGIA DA CAPOEIRA



CRONOLOGIA DA CAPOEIRA
Mestre Bert Breuel

Do século XVI ao século XVIII - -
1548 - Inicia a imigração forçada de escravos africanos para o Brasil.
Entre 1583 e 1598 - Primeiro registro do vocábulo capoeira na língua portuguesa: Padre Fernão Cardim (SJ) na obra: Do Clima e da Terra do Brasil. Conotação: vegetação secundária, roça abandonada.
1640 - Início das invasões holandesas. Desorganização social do litoral brasileiro. Evasão dos escravos africanos para o interior do Brasil. Aculturação afro-indígena. Organização de centenas de quilombos. Surgem as expressões: "negros das capoeiras", "negros capoeiras" e "capoeiras".
1695 – 20 de Novembro Morte de Zumbi.
1712 - Primeiro registro escrito do termo capoeira, no Vocabulário Português e Latino, do Padre D. Rafael Bluteau, seu significado contudo não se refere à luta.
1770 - A mais antiga referência de capoeira enquanto forma de luta: Segundo os melhores cronistas, é de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marquês do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo o apelidava de 'amotinado'. Viam os negros escravos como o 'amotinado' se defendia quando eram atacados por quatro ou cinco homens, e aprenderam seus movimentos, aperfeiçoando-os e desdobrando-os em outros e dando a cada um seu próprio nome.
1789 - 25 de abril, Primeira menção da capoeira em registros policias na prisão de Adão, pardo, escravo, acusado de ser "capoeira".
1809 - D. João VI criou a Guarda Real de Polícia e para seu chefe foi nomeado o major Nunes Vidigal. Perseguidor notório de capoeiristas, major Vidigal era por si só um exímio capoeirista.
1813 - Antônio de Morais Silva acrescenta o termo capoeira no Diccionario da Língua Portugueza composto originalmente pelo Padre D. Rafael Bluteau.
1821 - Carta da Comissão Militar do Rio de Janeiro enviada para Carlos Frederico de Paula, Ministro da Guerra, requisitando o retorno dos castigos aos capoeiristas.
1821 - Decisão de 31 de outubro: determinou sobre a execução de castigos corporais em praças públicas a todos os negros chamados capoeiras.
1821 - Decisão de 5 de novembro: determinou providências que deveriam ser tomadas contra os negros capoeiras na cidade do Rio de Janeiro.
1822 - Decisão de 6 de janeiro: mandava castigar com açoites escravos capoeiras presos em flagrante delito.
1824 - Decisão de 28 de maio: dava providências sobre os negros denominados capoeiras.
1824 - Decisão de 14 de agosto: mandava empregar nas obras do Dique negros capoeiras presos por desordem, cessando as penas de açoites.
1824 - Decisão de 13 de setembro: declara que a portaria de número 30 do mês de agosto compreende somente escravos capoeiras.
Decisão de 9 de outubro: declara que os escravos presos por capoeiras devem sofrer, além da pena de três meses de trabalho, o castigo de duzentos açoites.
1826 - O artista francês Jean Baptiste Debret retrata um tocador de berimbau em Joueur d'Uruncungo.
1828 – Os capoeiras sempre tidos como marginais e desordeiros, ajudaram a conter a Revolta dos Mercenários.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

MESTRE ANTONIO CORRO


MESTRE ANTONIO CORRO

Sobre Antonio Corro
Não ha muito o que falar
A falta de documentos
Não me permite contar
Mas o pouco que tenho
Quero compartilhar
No Recôncavo Baiano
Um povo que sofria
Nos grandes canaviais
A dor e a covardia
Em meio ao sofrimento
Um capoeira nascia
Foi escravo na Bahia
Capoeira mandingueiro
No Cais Dourado
Ele foi carroceiro
Mestre Antonio.Corro
Um bamba verdadeiro
Obra literária
Registrada por Abreu
Os nomes do passado
Noronha não esqueceu
Mestre Corro foi um
Que na memoria viveu
Pouco achei sobre Corro
Revirando seu passado
Mas quem procura acha
Assim diz o ditado
Através de um amigo
Fiquei bem informado
Mestre Polaco
Um amigo do coração
Discípulo de Parana
Me falou com atenção
Sobre a vida de Corro
Me deu uma informação
Mil novecentos e trinta e dois
Aos dez anos de idade
Parana lhe conheceu
Pelas ruas da cidade
Tornou se seu discípulo
Com muita lealdade
Tinha sessenta e dois anos
O velho em questão
Quando ensinou Paraná
Jogar Angola no chão
No Alto das Pombas
Bairro da Federação
Sessenta e dois a idade
Parana disse então
Trinta e dois o ano
Do fato em questão
Mil oitocentos e setenta
O nascimento do ancião
Isso e tudo o que tenho
Nada mais sei contar
Mas prometo um dia
Sobre o mesmo falar
Porem com mais fontes
E mais duvidas tirar.
(Antonio Luiz S. Campos , o Boa Alma).


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

37 ANOS DA MORTE DE MESTRE PASTINHA



Nesse dia 13 de novembro completam-se 37 anos da morte de Mestre Pastinha, um sábio da cultura negra e um
símbolo precioso da defesa da não violência, da solidariedade e também da beleza e sofisticação da Capoeira Angola.

Mestre Pastinha sempre defendeu o orgulho da origem africana da capoeira contra os movimentos de embranquecimento e esportização que muitas vezes tentaram diminuir a força ritual e espiritual das nossas rodas e comunidades.

"Capoeira é amorosa, não é perversa. Ela é um hábito cortês que criamos dentro de nós"
Vicente Ferreira Pastinha


Fonte: Internet

HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO DO MESTRE BIMBA




Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba (Salvador, 23 de novembro de 1899 – Goiânia, 5 de fevereiro de 1974),[1] foi criador da Luta Regional Baiana, mais tarde chamada de capoeira regional.

Mestre Bimba trabalhou como minerador de carvão antes de criar a capoeira regional.

Ao perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com o batuque.[2] (luta do Nordeste Brasileiro extinta com o passar do tempo) criando assim um novo estilo de luta com praticidade na vida, com movimentos mais rápidos e acompanhada de música.[2] Assim conquistou todas as classes da sociedade. Foi um exímio lutador e acima de tudo um grande educador, foi o responsável por tirar a capoeira da marginalidade. Praticantes dessa arte se denominam "capoeristas", pois, para eles, a capoeira é um estilo de vida – ser, pensar, agir como a arte da capoeira.

Bimba impunha regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:

– Não beber, e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a consciência da capoeira.

– Evitar demonstrações de todas as técnicas, pois a surpresa é a principal arma dessa arte.

– Praticar os fundamentos todos os dias.

– Não dispersar durante as aulas.

– Manter o corpo relaxado e o mais próximo do seu adversário possível, pois dessa forma a capoeira desenvolveria mais.

No vídeo "Relíquias da Capoeira: Depoimento do Mestre Bimba", um documento audiovisual em VHS produzido por Bruno Farias, o próprio Manoel comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar para Goiânia, onde ele conseguiu mais apoio financeiro.[2] Posteriormente, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de Janeiro, explica-se mais sobre o nome do esporte, sobre a criação da capoeira regional e sobre esse lendário personagem chamado Mestre Bimba.

A versão original do vídeo, veiculada em 2006 pela extinta PAM TV Florianópolis (Antigo canal 17 da TVA), acabou se extraviando. Porém, recentemente, o jornalista Bruno Farias encontrou no antigo acervo da emissora uma amostra de 2 minutos do "Relíquias da Capoeira: Depoimento do Mestre Bimba" e escreveu uma matéria sobre o assunto, publicada no site da Revista de História da Biblioteca Nacional, junto à referida amostra.[3]

O 119º aniversário do Mestre Bimba foi objeto de homenagem com um "Doodles" na maior empresa multinacional de serviços online, a Google.[4]

Fonte: GOOGLE

terça-feira, 13 de novembro de 2018

FALECIMENTO DO MESTRE PAULINHO MEIA LUA, RIO DE JANEIRO - RJ


Vá com Deus Mestre Paulinho Meia Lua. Sua passagem pela terra foi com maestria e de muito sucesso. Nós que ficamos por aqui sentiremos sua falta.
fonte: facebook

12 de novembro de 2018.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

COMENDA DE "HONRA AO MÉRITO" AO MESTRE CIÊNCIA



O vereador Pedro Sampaio votou um dos projetos mais importantes, a outorga da comenda "Honra ao Mérito" ao mestre de capoeira Orli Santos Rosa, conhecido como "Mestre Ciência". Ele se dedica voluntariamente a ensinar capoeira às crianças da APAE Cascavel e escreveu um livro sobre ‘como ensinar capoeira às crianças portadoras de necessidades especiais’!

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

MORTE DO MESTRE MOA


Creditos da foto: reprodução facebook

O mestre de capoeira e compositor Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi morto a facadas na madrugada desta segunda-feira, 8, após uma discussão política no Bar do João, na comunidade do Dique Pequeno, no Dique do Tororó, em Salvador.

08/10/2018

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

UM CAPOEIRISTA PARLAMENTAR!


UM CAPOEIRISTA PARLAMENTAR! 


No Paraná temos a felicidade de podermos eleger um deputado estadual que possa nos representar dentro do governo. Espero que outros Estados também tenham alcançado esta conquista.

Só se percorre um caminho dando o primeiro passo, portanto nosso primeiro objetivo é buscarmos eleger o máximo de parlamentares que pudermos em todo país. Não podemos ficar esperando que políticos alheios à roda de capoeira para trabalhar pelas nossas necessidades. Nós é que temos de lutar por elas. E luta é o que estamos acostumados, porém no campo político estamos ensaiando os primeiros movimentos.
Hoje é importante que respondamos nas urnas que somos uma coletividade, apoiando nossos camaradas de roda de capoeira e criando a cultura política na capoeira. Portanto ainda nos restam alguns dias para as eleições (7 de outubro). Divulguem esse pensamento nas rodas, para não desperdiçarmos essa oportunidade.

Um bom voto para todos os brasileiros.


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

BESOURO CORDÃO DE OURO (1895 - 1924)



BESOURO CORDÃO DE OURO (1895 - 1924)

Manuel Henrique, filho de Maria Haifa e João Grasso. Também conhecido como Besouro Mangangá, discípulo de Tio Alípio.
“Tio Alípio era já velho quando conheci ele, mas parecia ter sido assim desde sempre. Ainda leve pisando macio no chão feito bicho gato. Ninguém nunca percebia ele chegar. Eu nem notava, por tanto que quisesse, de que lado tinha vindo. Quando me dava pela coisa ele já estava ali na minha frente….Tio Alípio meu pai e meu mestre… me fez o filho querido dos segredos, me iniciou nas artes, na mandinga … na capoeira.” (F P pág. 25)
Maracangalha, lugarejo próximo (28 km) de Santo Amaro da Purificação. Famoso no mundo da capoeira, devido às inúmeras façanhas do temível capoeirista Besouro.
Um dos seus discípulos, Cobrinha Verde (Rafael Alves França) narra: O nome lhe veio da crença, de muitos que diziam que quando ele entrava em alguma embrulhada e o número dos inimigos era grande demais, sendo impossível vencê-los, então se transformava em besouro e saía voando. (pág. 264)
Faca de ticum: O ticum é uma palmácia, também conhecida por tucum (Bactris setosa, Mart.) … a madeira tem a resistência do ferro, daí a confecção de facas, e também tem poderes mágicos contra mandinga. Corre entre os capoeiras antigos, confirmado pelo próprio Cobrinha Verde, que Besouro foi morto em 1924, em consequência de um ataque com faca de ticum, em Maracangalha, não morrendo de imediato, sendo transportado para o hospital da Santa Casa da Misericórdia de Santo Amaro da Purificação; somente quinze dias depois é que veio a falecer. (pág. 297)
Besôro quando morreu
Abriu a boca e falô
Adeus Maracangalha
Qui é terra de matadô. (pag. 124)

Referências:
CAPOEIRA ANGOLA ensaio sócio-etnográfico
Autor: Waldeloir Rego – Editora Itapuã – 1968
F P – FEIJOADA NO PARAÍSO
Autor: Marco Carvalho – Editora Record - 2009

sábado, 18 de agosto de 2018

SERÁ A CAPOEIRA FILHA DO CANDOMBLÉ?


Será a Capoeira filha do Candomblé?

A estrutura interna da Capoeira chama atenção pelas peculiaridades com o Candomblé. O canto, o ritmo, a roda, os toques que comandam o jogo da Capoeira. Tudo nos remete ao ritual do Candomblé.
No livro ”Feijoada no paraíso” onde são descritas várias passagens do grande jogador de Capoeira Besouro (1895 – 1924), de Santo Amaro de Nossa Senhora da Purificação, encontramos duas passagens entre outras que vale destaque:
Página 60 - Quem conhece sabe que a Capoeira é um rito do corpo. Mas só deve ser praticada por quem tiver espírito forte e não dever aos santos.
Página 72 - Meu Ogum às vezes vem só pelo arame esticado na verga, onde se amarra a cabaça para encantar mandinga forte.


Seria importante que os praticantes de Capoeira visitassem um centro de Candomblé para analisar e compreender a profundidade da arte da Capoeira, talvez aqueles que fazem inserção de certas práticas dentro da Capoeira começarão a entender o que é cruzamento de linhas.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

FEIJOADA NO PARAÍSO - Livro que inspirou o filme BESOURO


FEIJOADA NO PARAÍSO


“Feijoada no paraíso é uma criação rapsódica, no sentido de que os contos ou “causos”, narrados pelo próprio Besouro, ligam-se uns aos outros, sem preocupação cronológica, mas ordenados em torno de uma vida lendária.”


Autor: Marco Carvalho
Editora: RECORD - 158 páginas
Edição: 2009