“Um
dos mais famosos ”capoeiras amadores” era Plácido de Abreu
Moraes. Nascido em Portugal em 1857, como tantos imigrantes
portugueses que vieram ao Brasil “fazer a América”, ele
desembarcou no Rio na passagem da puberdade para adolescência. Logo
estava envolvido em grupos de capoeiras. Em janeiro de 1872, no auge
da repressão dirigida por Ludgero Gonçalves da Silva, Plácido era
preso para averiguações por causa de um crime de morte.
Depois
de conseguir um emprego de caixeiro, Plácido passou a se dedicar à
vida literária. Aprendeu tipografia. Escreveu romances, peças de
teatro e poemas. Fervoroso republicano, colaborou com Sampaio Ferraz
no Correio do Povo, e com Lopes Trovão no O Combate.
Chegou a ser implicado no atentado contra o Imperador Pedro II, em
junho de 1889. A sua obra mais importante para nós é o opúsculo Os
Capoeiras.
Plácido
de Abreu ou Pompeo Steel, como gostava de ser conhecido, era um misto
de capoeira, militante republicano e literato. Várias vezes tentou
entrar no seleto mundo da academia literária, sem sucesso.
Sua
outra obra, Nagôas e Guayamús, permanece desaparecida.
Apesar de republicano da primeira hora, se desencantou quando o
Marechal de Ferro Floriano Peixoto rasgou a constituição de 1891.
Aderiu à Revolta da Armada, e foi assassinado em fevereiro de 1894.”
Livro:
A Negregada Instituição
Historiador: Carlos
Eugênio Líbano Soares
ACCESS
Editora – pag. 193
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