quinta-feira, 20 de abril de 2017

PLÁCIDO DE ABREU: UM CAPOEIRISTA



Um dos mais famosos ”capoeiras amadores” era Plácido de Abreu Moraes. Nascido em Portugal em 1857, como tantos imigrantes portugueses que vieram ao Brasil “fazer a América”, ele desembarcou no Rio na passagem da puberdade para adolescência. Logo estava envolvido em grupos de capoeiras. Em janeiro de 1872, no auge da repressão dirigida por Ludgero Gonçalves da Silva, Plácido era preso para averiguações por causa de um crime de morte.
Depois de conseguir um emprego de caixeiro, Plácido passou a se dedicar à vida literária. Aprendeu tipografia. Escreveu romances, peças de teatro e poemas. Fervoroso republicano, colaborou com Sampaio Ferraz no Correio do Povo, e com Lopes Trovão no O Combate. Chegou a ser implicado no atentado contra o Imperador Pedro II, em junho de 1889. A sua obra mais importante para nós é o opúsculo Os Capoeiras.
Plácido de Abreu ou Pompeo Steel, como gostava de ser conhecido, era um misto de capoeira, militante republicano e literato. Várias vezes tentou entrar no seleto mundo da academia literária, sem sucesso.
Sua outra obra, Nagôas e Guayamús, permanece desaparecida. Apesar de republicano da primeira hora, se desencantou quando o Marechal de Ferro Floriano Peixoto rasgou a constituição de 1891. Aderiu à Revolta da Armada, e foi assassinado em fevereiro de 1894.”

Livro: A Negregada Instituição
Historiador: Carlos Eugênio Líbano Soares

ACCESS Editora – pag. 193

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