sábado, 13 de fevereiro de 2016

CONSCIÊNCIA POLÍTICA NA CAPOEIRA


Mestre Brasília
CONSCIÊNCIA POLÍTICA NA CAPOEIRA
Gosto muito de uma frase dita pelo filósofo grego Platão (427-347 a.C.) "Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.".Esta frase escrita a quase 3.000 anos atrás que retrata muito bem o momento pelo qual estamos passando. O capoeirista teima em não ler, não pesquisar e mesmo não atuar politicamente. Por isso somos sempre relegados a um segundo, terceiro e quarto plano dentro do que o Estado pode proporcionar quanto a políticas públicas. Falta nos enxergarmos como um segmento social e estarmos unidos dentro de uma perspectiva de Coletivo. Outros segmentos sociais em menor quantidade estão representados nas câmaras municipais, assembleias legislativas e congresso nacional, uma vez que entenderam que somente quem é do segmento pode transformar a realidade social daquele segmento. O segmento evangélico esta em todas as esferas do governo, bem como o movimento GLTB, que pouco a pouco vai ganhando terreno em meio ao poder legislativo e executivo. Enquanto não acordarmos para essa realidade, estaremos sempre ás margens da sociedade sem propostas reais de políticas públicas.

O Mestre de Capoeira é um imenso patrimônio político. Atuando em todos os níveis da sociedade, nos grandes centros urbanos ou rurais, escolas, empresas e comunidades carentes e de alto padrão, as vezes por longos anos, ele torna-se referencia e liderança nessas comunidades. Hoje somos um dos maiores segmentos sociais do mundo. Estamos presentes em mais de 150 países e com um número aproximado de 6 milhões de praticantes, e mesmo com todo esse potencial humano, não conseguimos lutar de forma conjunta para termos nossos representantes junto no poder executivo. Numa rápida pesquisa, perguntamos a alguns capoeiristas qual a sua opinião, no sentido de que nosso segmento possa ou não ter um representante nos diversos níveis do poder legislativo, e se a resposta fosse SIM, quais seriam as qualidades e o perfil desse representante. As respostas foram as mais variadas possíveis, porém foi em sua maioria a opinião de que deveríamos sim, possuir um representante que trabalhasse em prol ao nosso segmento. Quanto ao perfil desse representante da Capoeira foram elencados os seguintes itens:
1. Que tenha uma grande expressividade no segmento da Capoeira;
2. Alguém que busque desenvolver projetos que abranjam o Coletivo, não somente a um grupo especifico.
3. Que esse representante possa ouvir as demandas do segmento e criar propostas para que essas necessidades sejam sanadas; além de,
4. Ser uma pessoa integra, honesta, trabalhadora e que tenha o carisma de todos no segmento.
Creio que é chegado o momento de nos conscientizarmos politicamente e nos entendermos enquanto segmento social, que paga seus impostos, que cumpre com suas obrigações de cidadãos e que trabalha pela melhoria da sociedade e buscarmos dentre nós aquele que tenha essas qualidades e darmos um primeiro passo em busca de melhorias para no nosso segmento.
Antônio Cardoso Andrade ( Mestre Brasília)
* solicitamos  a leitura em www.capoeiranews.com.br, o artigo: RODA um partido para o país.


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